2 de junho de 2010

Globo coloca no ar aplicativo para receptores portáteis


A Globo encontrou uma forma de manter a receita com SMS após a implementação da interatividade na TV digital, ou pelo menos parte dela. Conforme apontado por Raymundo Barros, diretor de tecnologia da emissora, em evento de lançamento do primeiro celular com interatividade da LG, os recursos da interatividade que dependem de um canal de retorno podem usar o SMS. O engenheiro explicou que isso acontece de forma mais amigável, intuitiva, ao usuário. Segundo ele, no próximo "Big Brother Brasil", por exemplo, será possível votar apenas clicando na foto de um participante. "Não será necessário discar para um número especifico", disse. A ferramenta de interatividade enviará o SMS automaticamente.

O aplicativo poderia usar como canal de retorno também o pacote de dados do usuário do telefone. Contudo, desta forma não geraria receita adicional para a emissora. Conforme explicou a este noticiário Carlos Fini, gerente de engenharia da Globo, no caso da interatividade pelos televisores da programação digital completa (não móvel), também deve haver a possibilidade de voto, sem gerar a receita do SMS, já que as redes de retorno disponíveis devem ser a banda larga ou mesmo a Internet discada. Questionado se isso não canibalizaria a receita obtida pelo SMS, Fini diz que a intenção final é garantir audiência, e a interatividade é uma ferramenta importante para prender a atenção do telespectador.

Aplicações online

A Globo já lança seu aplicativo para a Copa do Mundo para dispositivos portáteis com algumas ferramentas que dependem de conteúdo online. Pelo sinal aberto da emissora é possível receber tabelas dinâmicas dos jogos e a escalação dos times, por exemplo. Além disso, é possível assinar notícias diárias por SMS, enviadas pela Globo.com. O aplicativo conta com enquetes, o que também gera receita para a emissora, já que o voto é enviado através de SMS.

A emissora espera ainda poder ter aplicativos que busquem conteúdo através da rede de dados. Raymundo Barros citou como exemplo a busca de melhores momentos dos jogos e dos gols dos jogos que não estão sendo transmitidos no momento.

Ferramenta portátil

Segundo Carlos Fini, os aplicativos enviados para dispositivos móveis não são os mesmos enviados para as televisões convencionais. Não só por conta da interface gráfica, que precisa adequada ao tamanho das telas, mas porque os aplicativos portáteis devem ser mais "leves". "Ainda não há nenhum celular com a parte Java do middleware. Então os aplicativos ainda não podem usar alguns recursos", diz. Já os televisores que começam a ser vendidos com middleware embutido podem usar recursos que dependem da parte Java.

Exemplo internacional

Segundo Raymundo Barros, o benchmark da emissora para penetração da TV móvel é o mercado japonês, mais maduro que o brasileiro. O engenheiro aponta que existem 80 milhões de receptores móveis naquele país. No Brasil, diz, começam a ser consolidadas as condições para a massificação da tecnologia. "Queremos chegar na Copa de 2014 com mais de 30 milhões de receptores portáteis", disse Barros.



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LG lança primeiro celular com Ginga no Brasil

A LG é a primeira fabricante de celular no país a ter um aparelho com o Ginga, middleware de interatividade da TV digital, no padrão nipo-brasileiro, o SBTVD.

O terminal LG TV Phone GM600, em parceria inicial com a TV globo, permitirá interação com a programação da emissora para a Copa do Mundo. Porém o acordo não é exclusivo e aplicativos de outras emissoras já estão sendo testados pela fabricante. A LG também não fechou acordo de venda exclusiva com as teles móveis. 

A expectativa da fabricante coreana é que, em 2014, 30 milhões de usuários do serviço celular tenham o terminal com TV Digital. Hoje, esse índice é de 1,5%, podendo chegar, segundo a empresa, a 5% até o final do ano. O lançamento do LG TV Phone GM600 acontece um ano e dois meses depois do início de estudos para incorporar o Ginga, o middleware de interatividade do SBTVD, padrão de TV digital brasileiro, ao celular, explicou Rodrigo Ayres, gerente de produto de celular da LG Eletronics, em coletiva de imprensa, realizada nesta terça-feira, 01/06, na capital paulista.

O terminal é o terceiro da linha TV Phone da LG a ser lançado no Brasil. E, a não inclusão da Terceira Geração foi estratégica, neste momento, para assegurar o lançamento de um aparelho com preço acessível para o consumidor brasileiro, às vésperas da Copa do Mundo. Indagado se o LG TV Phone com Ginga viria para disputar mercado com os terminais da ZTE/Vivo e da Onda/TIM, o diretor de vendas de celulares da LG Eletronics, Marcus Daniel, garantiu que não.

"A LG trabalhou para ser a pioneira no uso do Ginga no celular. E somos. E temos a convicção que os outros concorrentes terão de trabalhar para embutir a interatividade nos seus terminais. Nossa proposta de ter um celular com interatividade, com preço mais em conta ( o celular está com custo orçado em R$ 700,00) é para disseminar o uso da TV como recurso. Hoje, apenas 1,5% dos celulares vendidos no país têm TV. Acredito que o mercado chegará a 5% ate´dezembro", detalhou o executivo.

A LG não revela valores de investimentos nem o montante gasto no desenvolvimento da tecnologia para permitir o uso do Ginga. O celular, em função de usar o middleware, terá o selo DTVi, o que o assegura como compatível com o padrão nipo-brasileiro de TV Digital. Mas, nessa fase inicial, o celular será vendido apenas no Brasil. O mercado sul-americano ainda deverá esperar. 

"Vamos ver como será o middleware de interatividade utilizado pelos países que também adotaram o SBTVD", detalhou Rodrigo Ayres. Até o final do ano, segundo a LG, o terminal com interatividade e 3G deverá ser lançado comercialmente.

O lançamento do celular com ginga, antes da TV com ginga, foi explicado pelos diretores da LG. "Há uma grande busca por novos serviços no celular. E a interatividade funciona de forma mais ágil no terminal móvel. E que fique claro: Não estamos vendendo TV móvel. Estamos ofertando um recurso a mais para o celular", completou o gerente de produto da fabricante coreana.

A TV Globo é parceira desde o início do desenvolvimento do terminal. O diretor de engenharia da emissora, Raymundo Barros, revelou que, até o momento, já foram desenvolvidos nove aplicativos com Ginga, leia-se interatividade, para TV fixa e móvel. O da Copa do Mundo, disponível para o LG TV Phone GM600 é um deles, mas será adaptado para o Campeonato Brasileiro e para os Estaduais. 

Hoje, segundo ele, 31 emissoras e afiliadas da Globo já estão com o SBTVD e a massificação do uso da TV digital aberta no celular será consequência da expansão dessa cobertura. "Não tenho dúvida que o mercado ficará ainda maior. Mas, hoje, com a cobertura que se tem na Globo, já há um público-alvo de 70 milhões de brasileiros para ser atingido", observou o diretor de Engenharia da Globo São Paulo. 

Neste momento não há qualquer perspectiva de cobrança do usuário para o uso da interatividade. A intenção é, de fato, disseminar o uso do aplicativo. Mas haverá opção - explicitada para o usuário - da aquisição dos serviços tradicionais, como o SMS para programas. Entusiasmada com a ferramenta, a LG acredita que, em 2014, o Brasil terá 30 milhões de terminais com TV.

1 de junho de 2010

TV móvel ganha espaço em todo o mundo, exceto EUA e Europa, diz Herrald Tribune

Reportagem do jornal International Herrald Tribune em conjunto com a Reuters na edição desta segunda, dia 31, mostra que o mercado de TV móvel encontrou, nas transmissões abertas, uma grande oportunidade de crescimento e que isto está acontecendo em todo o mundo, exceto EUA e Europa. Segundo dados da reportagem, já existem 80 milhões de telefones celulares com capacidade para receber sinais de TV aberta e 40 milhões de telespectadores que de fato utilizam o serviço. O maior número de usuários de TV móvel está na Coreia do Sul, com 27 milhões de telespectadores, ou 56% da população. O jornal repete dados já trazidos em outras ocasiões por este noticiário sobre as vendas de chip para a recepção de TV móvel analógica da Telegent (principal fabricante de chips de sintonização de TV): 750 mil novos chips por mês, que equipam handsets destinados sobretudo a mercados emergentes. 

Segundo o jornal, a TV móvel na Europa e nos EUA parece enfrentar a resistência de operadores e indefinições tecnológicas, enquanto em países como o Brasil, citado na matéria, o crescimento tem se dado em função do acesso gratuito aos conteúdos das emissoras de TV e à facilidade de se encontrar equipamentos com a tecnologia disponível. De fato, é cada vez mais comum presenciar, em cidades como São Paulo, táxis com aparelhos de recepção analógica ou digital de TV disponível aos usuários. Grandes fabricantes de handsets como Samsung e LG também têm apostado no desenvolvimento de modelos com capacidade de recepção de TV, e o mercado de aparelhos com recepção analógica também é cada vez maior devido aos preços populares (abaixo de R$ 300).



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